A prevenção ao suicídio e o cuidado com a saúde mental não devem estar restritos ao “Setembro Amarelo”. Atenta à necessidade de ampliar a discussão, a Comissão da Infância e Juventude do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM continua recebendo artigos científicos sobre suicídio infantil, até março de 2020. Presidente da Comissão, a advogada Melissa Barufi seleciona trabalhos para futura publicação no site oficial do IBDFAM, agora por meio da campanha “O amarelo continua em pauta”.

“A campanha é um convite para que toda a sociedade fique atenta à necessidade da proteção contínua”, afirma Melissa. “Sabemos da importância de colorir os meses para alertar a população sobre uma causa, principalmente quando se trata de prevenção. Se durante o mês podemos disseminar a informação alcançando muitas pessoas, imagina durante o ano inteiro?”, propõe a advogada.

Com a expansão da campanha, iniciada em outubro, a Comissão tem o objetivo de provocar maior envolvimento e reflexão sobre o suicídio infantil. O projeto segue orientações da Organização Mundial da Saúde – OMS, que aponta discussão e conhecimento como meios eficazes de prevenção. “O conhecimento não pode ficar guardado, principalmente quando direcionado para a proteção”, defende Melissa.

“Sabemos o quanto o tema é complexo e de difícil enfrentamento, principalmente pela necessidade de alertar pais e mães que seus próprios filhos podem atentar contra a vida. É necessário ultrapassar o tabu e falar abertamente sobre estas questões, pensar políticas públicas eficazes, incentivar e proporcionar a circulação da informação, principalmente entre os envolvidos da rede de proteção”, assinala Melissa.

Entenda o projeto

O Setembro Amarelo é campanha brasileira de prevenção ao suicídio e de atenção à saúde mental. Em curso desde 2015, a ação foi idealizada pelo Centro de Valorização da Vida, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2016, 8% das pessoas que colocaram fim à própria vida, no Brasil, tinham entre 10 e 19 anos. Outra pesquisa, realizada em abril deste ano, pela Universidade Federal de São Paulo (UFSP), apontou um aumento de 24% em casos de suicídios de adolescentes nas seis maiores cidades brasileiras. No interior do País, o crescimento foi de 13%.

Desde anos anteriores, o IBDFAM dá o seu alerta sobre o assunto, contribuindo para alcançar a meta proposta pela OMS de redução de 10% dos casos até 2020.

Regulamento

Até março do ano que vem, o Instituto recebe artigos científicos pelo e-mail comissaoinfanciaejuventude@ibdfam.org.br. Os trabalhos vão passar por avaliação de membros da Comissão da Infância e Juventude. Os aprovados serão publicados no portal do IBDFAM.

Os textos podem ser enviados por meio de duas modalidades: resumo simples ou expandido. Confira as regras, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT):

Resumo simples

Título do resumo seguido do nome do(s) autor(es), de um texto em bloco contendo no máximo 500 palavras, palavras-chave e referências bibliográficas. No máximo 1 página.

Resumo expandido

Texto dividido em seções: Título do trabalho; nome do(s) autor(es); resumo (de 50 a 100 palavras) e palavras-chave; introdução; metodologia; resultados e discussão; conclusão e referências bibliográficas. No máximo de 5 páginas.

Regras gerais

Qualquer modalidade de resumo escolhida deve ser redigida em:
Fonte: Times New Roman ou Arial
Tamanho: 12
Espaçamento: 1,5 entre linhas
Margens: superior e esquerda, 3 cm; inferior e direita, 2 cm