O pandemia do Coronavírus afetou fortemente a adoção no Brasil. Segundo levantamento obtido pelo portal G1 junto ao Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, os processos caíram pela metade no primeiro semestre de 2020. Foram 731 adoções realizadas de janeiro a junho, contra 1.423 no mesmo período do ano passado – queda de 49%.

O número de processos concretizados chegou a crescer em janeiro de 2020, momento em que o novo Coronavírus ainda não havia chegado ao Brasil. Contudo, nos meses seguintes, a queda foi substancial. A diferença mais significativa ocorreu em abril: o índice de 284 adoções realizadas em 2019 caiu para 82 em 2020.

Confira os dados com base no infográfico elaborado na última quarta-feira (26) e divulgados nesta sexta-feira (28) pelo G1:

Janeiro
2019: 168
2020: 171

Fevereiro
2019: 237
2020: 143

Março
2019: 229
2020: 154

Abril
2019: 284
2020: 82

Maio
2019: 244
2020: 112

Junho
2019: 261
2020: 69

Crianças Invisíveis

O Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM segue atento às realidades da adoção no Brasil por meio do projeto Crianças Invisíveis, voltado especialmente às crianças e adolescentes em acolhimento sem perspectiva de receberem os cuidados no seio de uma família.

Presidente da Comissão de Adoção do IBDFAM, a advogada Silvana do Monte Moreira também atua em grupos de estudo do CNJ a fim de aprimorar e trazer celeridade aos processos. O Instituto também já solicitou ao órgão a digitalização dos processos que envolvem a infância, especialmente impactados por conta da pandemia do Coronavírus.

No artigo “O lado que ninguém olha: reflexos da Covid-19 nas casas institucionais e adoção”, publicado recentemente no portal do IBDFAM, a advogada Stella Salles Ribeiro da Silva faz uma análise atualizada e um panorama sobre as milhares de crianças à espera de uma família, vulnerabilidade acentuada em um contexto de pandemia.

Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do G1)