A advogada Patrícia Novais Calmon, presidente das Comissões da Adoção e do Idoso na seção Espírito Santo do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM-ES, é a convidada de abril do podcast Direito de Família & Arte. No novo episódio, intitulado Direitos da Pessoa Idosa e Arte, a especialista comenta três filmes em destaque na temporada de premiações: Meu Pai, Agente Duplo e Eu me Importo.
Ouça agora: o programa já está disponível no Soundcloud e no Spotify.
Segundo Patrícia, os três longas-metragens abordam, de modo amplo, o envelhecimento e outros direitos garantidos aos idosos, com reflexos para o ordenamento jurídico brasileiro. Disponível na Netflix, Eu me Importo trata da curatela, temática relacionada ao princípio da autonomia, com a história de uma mulher que leva vida de luxo como guardiã legal de pessoas mais velhas.
O documentário chileno Agente Duplo tem a institucionalização como fio condutor. Um veterano da espionagem é acionado para descobrir se os moradores de uma instituição de longa permanência (popularmente conhecida como “asilo”) estão sendo maltratados no local. “Trazendo para o Direito brasileiro, podemos perceber a temática do abandono material e afetivo dos idosos”, observa Patrícia.
Já Meu Pai mostra as dificuldades de um idoso que vê avançar seu estágio de demência. A relação desse senhor com a filha é contada sob o ponto de vista de sua mente confusa. “O filme não trata só da demência ou da múltipla vulnerabilidade, mas também do envelhecimento, que implica em alterações biológicas, fisiológicas, psicossociais e funcionais de várias consequências”, avalia a especialista.
Meu Pai saiu vencedor no Oscar em duas categorias: melhor ator para Anthony Hopkins e melhor roteiro original. Agente Duplo, único representante da América Latina na premiação, concorreu a melhor documentário, mas não levou a estatueta. Eu me Importo venceu o Globo de Ouro de melhor atriz em comédia, prêmio entregue a Rosamund Pike.
O podcast do IBDFAM Direito de Família & Arte é uma iniciativa da comissão de mesmo nome, presidida pela advogada Fernanda Leão Barretto. Com periodicidade mensal, o programa tem como objetivo democratizar o entendimento do Direito de Família através da conexão dos temas jurídicos com as mais variadas manifestações artísticas. Ouça no Soundcloud e no Spotify.
fonte: IBDFAM